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Windows 7 e Azure: entenda a tática da Microsoft

Novos sistemas da Microsoft: Windows 7 e Azure
A Microsoft revelou uma mudança significativa em sua estratégia apresentando dois produtos novos relacionados ao sistema operacional Windows durante a Professional Developers Conference, na segunda-feira (27/10), em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O Azure, novo sistema Windows para cloud computing, tira o foco do PC individual e volta-se a serviços web no lugar de aplicações no desktop. A segunda novidade, prevista para 2010 é o Windows 7, sucessor do Vista, que deve se revelar um sistema operacional mais leve, com oferta de aplicações à la carte via download, baseando-se mais na plataforma Windows Live Services.

Nova era na web
Enquanto a Microsoft trabalha sua mudança para a computação moderna mais direcionada à grande rede, as duas novas abordagens apresentadas na PDC levantam questões sobre o futuro do sistema operacional. Os dias de trabalho duro e sistemas voltados ao cliente estariam chegando ao fim?

Tanto o Azure como o Windows 7 direcionam os usuários mais para o data center da Microsoft e menos para seus próprios discos rígidos. A transição não é uma surpresa tendo em vista que rivais como o Google continuam trabalhando no modelo de negócios baseado em internet, tendo como exemplo a plataforma Google Gears.

“Os desenvolvimentos da Microsoft reforçam algo que está acontecendo há muito tempo no mundo da computação móvel e em outras partes do setor de TI” afirma Charles King, analista principal da Pund-It. “Os consumidores de tecnologia tornaram-se cada vez mais desassociados do software de pacote.”

Menos inchaço, mais internet
As novidades da Microsoft revelam uma virada tática de 180 graus. A idéia antiga de comprar um computador cheio de aplicações pré-instaladas dá lugar à seguinte filosofia “Você quer isto? Venha pegar.”

No caso do Azure, a confiança no ambiente online é absoluta – mesmo no conjunto do Windows 7, que ainda depende de um centro local, o nível de integração com a internet deixa bem atrás o modelo de software em caixas que conhecemos.

Simples e mais confiável
Então o que um sistema operacional menos centralizado e localizado significa? A Microsoft diz que a mudança trará um sistema mais “limpo”. Em geral, o direcionamento para aplicações web pode evitar problemas com atualizações e manutenção de programas.

“A evolução do produto evita costuras e não requer muito tempo” aponta King.

Em sua apresentação na segunda-feira, Ray Ozzie, Chief Software Architect da Microsoft, sugeriu que se basear no Azure no lugar de um sistema operacional para PC cria uma plataforma mais estável. Segundo ele, com o Windows Azure, não há um ponto único de falha, o que quer dizer que se uma máquina apresentar uma pane não vai levar consigo todas as aplicações e os dados do usuário.

Cautela
Conforme as aplicações migram para a web, as preocupações já existentes sobre o uso de dados tornam-se mais e mais prioritárias. Você pode acessar suas informações de qualquer lugar – mas, em teoria, qualquer um pode acessá-las.

“Conforme o mundo de aplicações online se desenvolve, nós podemos ver alguns efeitos interessantes em segurança e privacidade”, diz King.

No entanto, se os desenvolvedores fizerem um bom trabalho, usuários casuais podem não notar a diferença. “No fim das contas, consumidores querem o serviço e a aplicação. Onde ela está hospedada – se reside em um, cliente individual, online ou em um servidor em algum lugar – não importa para eles”, observa o consultor.

Com informações de IDG Now!.