A Xiaomi é conhecida na China como “Apple do Oriente“. A “Apple Chinesa” chegou a ultrapassar a Samsung, segundo relatório da empresa de pesquisas Canalys, se tornando a “maior vendedora de smartphones na China“. Podemos ficar ainda mais surpresos quando nos deparamos com relatórios como um da Strategy Analytics, segundo o qual a empresa é a “quinta maior fornecedora de smartphones” do mundo, estando à frente da LG, segundo tal relatório.
A Xiaomi consegue vender dispositivos high-end, com alta qualidade, por preços bastante baixos. Ela também oferece juntamente com seus smartphones e tablets uma versão bastante customizada do Android, o MIUI, o qual lembra bastante o iOS, da apple.
O MIUI, além disso, conta com alguns recursos extras muito interessantes, como por exemplo mais de 5.000 temas e uma série de aplicativos extras, além do Mi Cloud, serviço de armazenamento na nuvem que não deixa de possuir lá suas semelhanças com o iCloud.
E talvez resida aqui, no MIUI, um dos elementos que contribuem para o sucesso da empresa, pois para muitos usuários o sistema operacional móvel da Apple é bastante atrativo (apesar do alto custo dos dispositivos), muito mais que o Android.
Muita gente o considera mais user-friendly e bonito que o Android, mesmo este último sendo bem mais aberto e capaz de receber launchers e widgets os mais diversos, capazes de aumentar ainda mais sua beleza e gama de recursos. Ocorre que muitos usuários querem apenas o “básico do básico” no que diz respeito ao manuseio dos dispositivo.
Querem realizar suas tarefas diárias sem muitas complicações e preocupações, e aqui o iOS fechado e sempre atualizado tem lá suas vantagens sobre o sistema operacional do robozinho verde aberto e cujas novas versões nem sempre chegam a todos os dispositivos.
Bem, a Xiaomi revelou uma nova versão de seu software, o MIUI 6, a qual deverá chegar em breve aos dispositivos da empresa. O MIUI 6 está bastante parecido com o iOS 7, e temos ali os mesmos (ou parecidos) ícones quadrados e um visual bastante minimalista. Mas não para por aí.
A nova versão do MIUI terá uma série de melhorias nas funções e aplicativos principais, suporte a gestos focado em dispositivos com telas maiores e também a organização de ícones em lotes. As melhorias também cobrem a central de notificações, que contará com notificações interativas. Já existe uma versão do MIUI 6 em testes por um pequeno grupo de pessoas (desenvolvedores, quem sabe?), vale lembrar.
Apesar de por enquanto possuir uma atuação mais forte na China, a Xiaomi não esconde suas intenções de atingir outros mercados. E se depender de Hugo Barra, vice-presidente da empresa, o Brasil está na mira.