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Apple responde na Justiça ao pedido do FBI

Depois de responder aos seus usuários e de responder aos seus funcionários, a Apple finalmente respondeu à Justiça americana que não irá acatar a ordem do FBI para facilitar o desbloqueio do iPhone.

A empresa tinha até esta sexta-feira para oficializar sua decisão, mas entrou com um pedido legal de desacato no final da tarde de quinta-feira. O impasse agora será decidido nos tribunais.

No pedido enviado à Justiça, a Apple esclarece que “esse não é um caso sobre um iPhone isolado. Ao contrário, esse caso é a respeito do Departamento de Justiça e o FBI procurando através das cortes um perigoso poder que o Congresso e o povo americano tem bloqueado: a habilidade de forçar empresas como a Apple a sabotar a segurança básica e os interesses de privacidade de centenas de milhões de indivíduos ao redor do mundo”.

A Apple acredita que a disputa entre a empresa e o FBI é o reflexo de uma longa luta do governo americano contra a disseminação da criptografia entre produtos de empresas americanas. A batalha contra a criptografia se arrasta há anos no Congresso e, aparentemente, as autoridades policiais e de vigilância teriam preferido seguir o caminho dos tribunais ao invés de aguardar uma legislação favorável.

Nas palavras presentes na requisição da Apple, “o governo visa cortar o debate e contornar uma análise sensata”. Mas, antes mesmo da empresa formalizar legalmente sua posição sobre a ordem do FBI, já havia sido anunciado que as duas partes iriam se encontrar frente a frente diante de uma comissão do Congresso americano.

O conselheiro geral da Apple Bruce Sewell irá defender a postura da empresa no dia primeiro de Março. Ele estará acompanhado do advogado do Distrito de Nova Your Cyrus Vance e da especialista em criptografia e professora do Instituto Politécnico de Worcester, Susan Landau. Em outro painel diante do mesmo comitê, o diretor do FBI, James Comey, defenderá os interesses do órgão federal.