O coração do primeiro PlayStation está onde nenhum outro console jamais esteve: nos limites do Sistema Solar e ajudando a New Horizon a estudar Plutão.
O processador MIPS do ancestral console da Sony é o responsável por funções importantíssimas na sonda, como o controle dos propulsores, sensores de monitoramento e até a transmissão de dados de volta para a Terra.
Mas não pense que a NASA escolheu o modesto processador de 12 MHz (menos da metade do utilizado no PlayStation One) por falta de opções ou por saudosismo de algum engenheiro fanático por jogos. A decisão pelo MIPS R3000 foi baseada na confiabilidade de uma tecnologia que em 2006, data de lançamento da New Horizon, já estava testada e aprovada por milhões de usuários comerciais.
O chip foi modificado pela NASA para ter ainda mais estabilidade em um ambiente carregado de radiações cósmicas, em detrimento de sua capacidade plena de processamento. Entretanto, ainda é o mesmo MIPS R3000 que o PlayStation One utilizava.
Nove anos depois, no vácuo do espaço e distante mais de 7 bilhões de quilômetros de casa, o mesmo chip que deu impulso ao sonho da Sony de entrar no mercado de consoles, ainda funciona e agora controla um dos mais importantes instrumentos astronômicos construídos pelo homem.
