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Criador do navegador Vivaldi se diz vítima de perseguição pelo Google

Jon von Tetzchner foi um dos fundadores do Opera, criou o navegador Vivaldi e agora está acusando o Google de perseguição.

A empresa teria suspendido a conta de Adwords do Vivaldi por três meses em retaliação a declarações suas feitas em Maio, contra o modelo de rastreamento do Google.

Na época, Tetzchner teria afirmado em entrevista que era errado o Google rastrear o usuário em suas navegações pela web para entregar anúncios e que o gigante dos anúncios deveria ser regulado pelos governos. “Dois dias depois que minha opinião foi publicada em um artigo na Wired, nós descobrimos que todas as nossas campanhas sob nossa conta no Google Adwords haviam sido suspensas – sem aviso prévio”, reclamou o desenvolvedor. “Isso foi apenas uma coincidência? Ou foi deliberado, uma forma de nos mandar uma mensagem?”, ele pergunta.

Foram três meses em que a conta não pôde ser acessada e, de acordo com Tetzchner, os motivos oferecidos pelo Google para a suspensão foram vagos e, em alguns casos, relacionados a regras que o próprio Google não segue. Uma das exigências seria a obrigatoriedade de um link para os Termos de Uso do Vivaldi em todas as páginas onde fosse oferecido o download do navegador, além de instruções de desinstalação. Entretanto, como apontam os responsáveis pelo Vivaldi, essas regras não são seguidas nas páginas de download do navegador Chrome, do Google.

“Sendo um monopólio tanto em busca quanto em publicidade, o Google, infelizmente, parece que não é capaz de resiste ao mau uso do poder”, reclama Tetzchner. “Eu estou entristecido com essa transformação de uma empresa positiva, geek, em um bully em 2017″, continua. E completa: “é justo também dizer que o Google está agora em uma posição onde uma regulação é necessária”.