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De olho no Google, Microsoft turbina buscas

Empresa anunciou estratégias que devem refinar os resultados e atrair usuários.
Gigante dos softwares tem 9% do mercado de buscas, contra 53,7% do Google.

As buscas na internet estão entre os principais focos da Microsoft, como mostrou a empresa no evento de três dias Techfest, iniciado nesta terça-feira (6) em Washington (EUA). Para ganhar vantagem em relação ao Google e Yahoo!, seus principais concorrentes nesse mercado, a gigante do software desenvolveu sistemas que devem refinar os resultados — algumas das novidades devem estar disponíveis ainda neste ano.

A ferramenta Mix, prevista para ser lançada em até nove meses, coleta informações de diversas fontes — sites, bancos de dados, disco rígido do computador — e integra tudo isso em um único documento, que pode ser “facilmente enviado para amigos, familiares e colegas de trabalho”, segundo a companhia. “Pense no Mix como uma gigante página de recados [scrapbook]. Você pode colocar nela fotos digitais de sua família, e-mails que trocou com parentes e links dos lugares que vocês já visitaram juntos. Então, é só enviá-la para quem quiser”, explicou Rick Rashid, vice-presidente de buscas da Microsoft.

A executiva Susan Dumais, também especialista em buscas, fez a demonstração de um sistema chamado Personalized Search (busca personalizada). Ele reúne centenas de resultados encontrados na internet e então utiliza o Desktop Search para identificar o tipo de conteúdo armazenado pelo usuário em seu computador — dessa forma, aumentam as chances de a ferramenta entregar aquilo que realmente interessa ao internauta. Ao procurar o termo “Michael Jordan”, esse sistema vasculhou os dados no disco rígido de sua máquina e “entendeu” que ela buscava um pesquisador da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e não o jogador de basquete.

“No futuro, as buscas não devem ser em nada parecidas com o que temos hoje. Se em dez anos ainda estivermos usando a caixa retangular e uma lista de resultados, eu devo ser demitida”, brincou Dumais. Segundo o jornal “New York Times”, a gigante dos softwares vem mostrando pouco progresso para alcançar o Google, mas acredita que ainda pode virar a mesa, melhorando a qualidade de sua ferramenta de buscas e também a maneira como os internautas procuram informações.

Segundo a empresa de pesquisas Nielsen/NetRatings, o Google tem 53,7% de todo o mercado de buscas, enquanto a Microsoft fica com 8,9%.

Fácil Uso

Outra estratégia anunciada pela empresa é a aposta em objetos do cotidiano — lousas, consoles de videogames e bloco de notas — para desenvolver produtos. “Combinar a tecnologia com ferramentas familiares faz com que elas sejam vistas como ‘de fácil uso’”, explicou Rico Malvar, diretor do laboratório de pesquisa da companhia, segundo a agência de notícias Associated Press.

Uma dessas novidades apresentadas no evento é o aparelho Text2Paper, que imprime mensagens de texto enviadas via celular em papéis no estilo do Post-it (que grudam em diversas superfícies). Há também o Text-It-Notes, um equipamento que reconhece a escrita do usuário e dispara sua mensagem para diversos telefones celulares cadastrados na máquina.

Não há previsão para lançamento dos produtos e é possível que eles nunca cheguem ao mercado, mas a companhia aposta que essas idéias possam levar inovação a suas próximas versões de software.

Com informações de G1.