A quarta edição nacional do Black Friday, marcada para o dia 29, será uma boa oportunidade para que as lojas limpem a imagem ruim que ficou da última edição do evento, e algumas lojas e associações comerciais já até criaram regras para isso, no formato de um Código de Ética da Black Friday, e de alguns mecanismos para garantir que os descontos apresentados ao consumidor sejam reais, de fato.
A edição de 2012 chegou a ser tratada nas redes sociais como “Black Fraude”, porque várias lojas aumentaram os preços próximo a época do evento, para reduzi-los, o que expôs a falta de ética de alguns varejistas nas liquidações. No fim, sete grandes varejistas foram autuadas pelo Procon de São Paulo.
De acordo com o vice-presidente do Buscapé, Rodrigo Bore, o Black Friday deste ano vai passar por uma prova de fogo, uma vez que sua empresa já investiu cerca de R$ 500 mil em um software que compara preços dos últimos três meses das páginas marcadas com o selo Black Friday, para verificar se os descontos são legítimos.
Um outro ponto que está sendo revisto é o descaso por parte dos canais de atendimento das lojas em relação ao consumidor. De acordo com o presidente da NeoAssist, Albert Deweik, isso fez com que a procura por softwares de atendimento apresentasse um aumento de 30%.
Quanto ao Código de Ética, a iniciativa surgiu em uma parceria do portal Busca Descontos, que organiza a Black Friday, e a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, a Camara-e.net. De acordo com Gerson Rolim, diretor da Camara-e.net, existem dois pilares principais que sustentam o Código: o primeiro diz que os preços oferecidos devem ser menor que a média dos dias anteriores, e o segundo consta que a loja deve expor claramente quais produtos estão participando da Black Friday. Caso a loja desrespeite o Código de Ética, ficará impedida de participar da próxima edição da Black Friday.