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Estônia protagoniza primeira guerra virtual

Quando autoridades da Estônia começaram a retirar de um parque uma estátua de bronze de um soldado soviético da 2ª Guerra Mundial na confusa cidade portuária báltica de Tallinn no mês passado, esperava-se que houvesse protestos violentos nas ruas, por parte de estonianos de descendência russa.

A experiência também lhes dizia que “quando há confrontos nas ruas, há também embates na internet”, declarou Hillar Aarelaid, diretor da Equipe de Resposta às Emergências de Computador da Estônia. Afinal de contas, para a população do país, a internet é quase tão vital quanto água potável; é usada rotineiramente para votar, declarar impostos e, com telefones celulares, fazer compras ou pagar estacionamento.

O que se seguiu foi o que alguns descrevem como a primeira guerra no ciberespaço, uma ofensiva de duração de um mês que obrigou as autoridades estonianas a defender seu pequeno país báltico de uma afluência de dados que, segundo alguns, foi acionada por ordens originadas da Rússia ou de fontes de etnia russa em retaliação à retirada da estátua.

Os estonianos afirmaram que um endereço de internet envolvido nos ataques pertencia a um oficial que trabalha na administração do presidente da Rússia, Vladimir V. Putin.

O governo russo negou qualquer envolvimento nos ataques, que praticamente paralisaram a infra-estrutura digital do país, obstruindo sites na web, do presidente, do primeiro ministro, do parlamento e outros órgãos governamentais, desestabilizando as operações do maior banco da Estônia e afetando completamente os sites de diversos jornais diários.

Com informações de G1.