O ex-ditador do Panamá, Manuel Noriega, entrou com uma ação na Califórnia ontem contra a produtora de games Activision Blizzard Inc., alegando que Call of Duty: Black Ops o retrata como “um sequestrador, assassino e inimigo do Estado”.
No jogo, um personagem que se parece com Manuel Noriega (e coincidentemente também é chamado Manuel Noriega) ajuda a CIA, mas depois acaba traindo a agência. Na vida real, Noriega foi um aliado próximo dos EUA, até os laços serem cortados e as forças armadas norte-americanas invadirem o Panamá em 1989.
Noriega está buscando um processo por danos e lucros perdidos, afirmando que o uso do personagem aumentou a popularidade do jogo e impulsionou suas vendas. Sua reivindicação legal está sendo questionada no entanto, uma vez que ele não é um cidadão norte-americano.
A reivindicação do ex-ditador segue uma série de processos semelhantes contra fabricantes de videogames. Lindsay Lohan está processando a Rockstar Games por uma personagem de Grand Theft Auto V, Gwen Stefani processou a Activision por uma usada em Band Hero, e a Electronic Arts teve que pagar US$ 40 milhões para jogadores de futebol americano famosos, cujas semelhanças foram usadas em jogos.