Todos sabemos que as lojas de aplicativos cobram um percentual dos desenvolvedores, seja nas vendas propriamente ditas, seja nas compras realizadas pelos usuários dentro dos aplicativos (as famosas in-app purchases) ou até mesmo nas assinaturas.
O percentual cobrado dos desenvolvedores geralmente é de 30%. Isto é normal, obviamente. Quer dizer, a cobrança é normal, o que muito se discute é a questão do quanto deve, ou deveria, ser cobrado, sendo que a própria Apple já ensaiou passos em direção a uma redução nestes percentuais.
Agora, o Google também se posicionou a respeito, e anunciou que reduzirá o percentual cobrado dos desenvolvedores em assinaturas realizadas através de aplicativos no Google Play.
O percentual passa de 30% para 15%, ficando os desenvolvedores, portanto, com 85% ao invés de 70%.
Há uma “pequena” ressalva, entretanto: a novidade vale apenas após um ano. Funciona assim: feita a assinatura, o desenvolvedor continuará recebendo 70% do valor da mesma durante um ano.
Este é o período mínimo, a “carência”, digamos. Após um ano, então, mantido o cliente e a assinatura, o desenvolvedor passa a receber 85%, abocanhando o Google, então, apenas 15%.
Obs: vale lembrar que a permanência do cliente deve ser contínua, sem interrupções, durante um ano completo, no mínimo.
Trata-se de uma mudança um tanto quanto desanimadora, entretanto. Muitos desenvolvedores afirmam que é difícil manter um cliente assinando algum serviço dentro do aplicativo por muito tempo.
Mantê-lo por um ano no mínimo pode ser, dependendo do caso, uma tarefa bem mais difícil, o que tornaria então a medida adotada pelo Google um tanto quanto ineficiente. Muitos desenvolvedores, assim, podem jamais experimentar a redução da dedução de 30% para 15%.