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Mark Zuckerberg garante que o Internet.org não entra em conflito com neutralidade da rede

Uma série de empresas da Índia vêm retirando seu apoio ao Internet.org nesta semana em meio a protestos envolvendo neutralidade da rede e agora, Mark Zuckerberg está defendendo o projeto de Internet gratuita do Facebook.

Em um post no Facebook discutindo a situação, Zuckerberg argumenta que a neutralidade da rede “não está em conflito” com Internet.org e “se alguém não pode ter o luxo de pagar por conectividade, é sempre melhor ter algum acesso do que nada”.

Basicamente, as empresas estão preocupadas com o poder que a rede terá ao disponibilizar apenas determinados sites de graça no país. Por lá, a organização utiliza a “taxa zero”, que permite acessar alguns sites e aplicativos sem gastar o pacote de dados do usuários. O objetivo é oferecer alguma conexão com a internet para aqueles que não podem pagar.

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O efeito colateral disso, no entanto, é que as pessoas provavelmente vão deixar de acessar outros sites, dando uma vantagem para as empresas que estão inclusas no Internet.org.

No lançamento, o Internet.org permitia acesso ao Wikipedia, um serviço de prevenção e aconselhamento de HIV, app sobre os direitos das mulheres, um serviço de procura de emprego e o Google, tirando os serviços do próprio Facebook, obviamente.

A questão é que mais e mais serviços estão sendo adicionados, e seus concorrentes não necessariamente têm a chance de ser incluídos também. O executivo diz que o Facebook trabalha com operadoras e governos locais para decidir quais sites fazem sentido para cada país e região. “É muito caro fazer toda a internet livre”, Zuckerberg disse.

Over the past week in India, there has been a lot written about Internet.org and net neutrality. I’d like to share my…

Posted by Mark Zuckerberg on Quinta, 16 de abril de 2015

“Temos uma oportunidade histórica para conectar bilhões de pessoas no mundo pela primeira vez. Deveríamos trabalhar juntos para que isso aconteça agora”, finalizou o executivo.