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Mozilla lança o Firefox Quantum

Finalmente chegou o dia: conforme prometido, a Mozilla disponibilizou hoje para todos os usuários o aguardado Firefox Quantum, a mais poderosa versão do seu navegador nos últimos treze anos.

Na prática, trata-se da versão 57 do Firefox, mas ele traz mudanças tão radicais para o programa que a Mozilla optou por rebatizar o produto, de olho na reconquista do mercado perdido para o rival Chrome, do Google.

O novo navegador muda completamente seu motor, prometendo uma performance muito mais veloz que a concorrência: de acordo com a entidade,  o Firefox Quantum consegue ser 2 vezes mais rápido que o Firefox de um ano atrás e consome 30% menos recurso de memória que o Chrome, além de trazer um visual novo e arrojado. Confira a prévia em vídeo lançada hoje:

O Firefox Quantum já se encontra disponível para download no site oficial, mas usuários do Firefox 56 também podem fazer a atualização automaticamente ou através do menu Ajuda | Sobre o Firefox. O novo navegador também está sendo distribuído gradualmente para dispositivos Android e uma versão para iOS deverá estar pronta em breve.

Apesar da ênfase na velocidade e na performance, outra grande novidade do Firefox Quantum é sua nova interface, batizada de Photon. Segundo a Mozilla, “seu objetivo é modernizar e unificar qualquer coisa que chamemos de Firefox, aproveitando o novo e rápido mecanismo”. Mas o conceito de velocidade também está presente: “a Photon UI em si é incrivelmente rápida e suave. Para criar o Photon, nossa equipe de pesquisa de usuários estudou como as pessoas navegavam na web. Nós olhamos para o hardware do mundo real para fazer o Firefox parecer ótimo em qualquer exibição, e nós nos certificamos de que o Firefox se parece e funciona como o Firefox, independentemente do dispositivo que você está usando”.

Toda essa mudança tem um preço: o ecossistema antigo de extensões sofreu uma baque brusco, com o abandono do modelo tradicional de construção em favor da API WebExtension. Em outras palavras, a maior parte das extensões desenvolvidas nos últimos anos não tem mais suporte no Quantum, a menos que seus criadores tenham atualizado sua estrutura. É um “apocalipse” que já havia sido anunciado pela Mozilla e foi oferecido um período bastante extenso para que os desenvolvedores migrassem suas extensões para o novo modelo. Infelizmente, a adesão foi bem abaixo do esperado.

Resta saber agora se o Firefox Quantum conseguirá recuperar o tempo perdido e voltar a ser um competidor de peso para a atual hegemonia do Chrome na web.