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Pesquisa: Indústria química, de manufatura e mineração são as mais atacadas por hackers na América Latina

A FireEye anunciou seu Relatório Regional de Ameaças Avançadas na América Latina, que detalha as atividades maliciosas capturadas pela FireEye Dynamic Threat Intelligence no primeiro semestre de 2014. O relatório revela que os setores de Produtos Químicos, Manufatura e Mineração foram os mais atacados, com 34% do total, mostrando um comportamento diferente do resto do mundo, que tem a indústria de Alta Tecnologia como principal alvo.

Como comparação, enquanto o número de alertas para as indústrias de química, manufatura e mineração não chegou a dez mil, na América Latina foram quase 35 mil.

O comportamento desproporcional pode ser explicado pela importância dos setores na região: Em 2012, as minas da América Latina foram responsáveis por 22%, 20% e 46% das saídas totais de minério de ferro, ouro e cobre do mundo, respectivamente.

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“A América Latina é um alvo importante para hackers que tentam obter informações sobre tecnologias proprietárias, processos e valores que possam oferecer vantagens em transações comerciais”, diz Robert Freeman, diretor sênior na América Latina da FireEye.

O relatório foi baseado em dados reunidos em todo mundo a partir de mais de 2,7 milhões de sessões únicas de Comando e Controle (CnC). O Relatório de Ameaças Avançadas fornece informações sobre os países da América Latina monitorados, incluindo Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Peru e Porto Rico.

Entre os principais dados recolhidos pela FireEye, estavam: 9 famílias únicas de malware de APT; 32.339 sessões de Comando e Controle (CnC) únicas e 11 países hospedando infraestrutura de CnC.

Segundo a FireEye, cibercriminosos também se aproveitaram de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo, para realizar fraudes e roubar informações pessoais. O cenário esperado para as Olimpíadas de 2016 não é diferente.