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Rivais chamam Windows Vista de ilegal diante de regras da UE

Uma coalizão de rivais da Microsoft afirmou nesta sexta-feira que o novo sistema operacional da companhia, Windows Vista, perpetuará as práticas consideradas ilegais pela União Européia há quase três anos.

A Comissão Européia considerou em 2004 que a Microsoft usou seu domínio sobre o mercado de PCs para tirar do mercado a RealNetworks e outras produtoras de software de áudio e vídeo e que deliberadamente tornou o Windows incompatível com softwares servidores produzidos por empresas rivais.

“A Microsoft claramente escolheu ignorar os princípios fundamentais da decisão de 2004 da Comissão”, disse Simon Awde, presidente do Comitê Europeu para Sistemas Interoperáveis (ECIS, na sigla em inglês).

O grupo de reclamantes inclui IBM, Nokia, Sun Microsystems, Adobe, Corel, Oracle, RealNetworks, Red Hat, Linspire e Opera.

A Comissão informou que está avaliando a queixa e a Microsoft não comentou o assunto.

O Windows Vista será lançado oficialmente na próxima semana, inclusive no Brasil. “O Vista é o primeiro passo na estratégia da Microsoft para ampliar seu domínio de mercado para a Internet”, afirmou a ECIS.

O grupo afirma que a linguagem de programação XAML da Microsoft está “posicionada para substituir o HTML”, a linguagem padrão para a publicação de sites na Internet.

A linguagem da Microsoft será dependente do Windows e discriminará sistemas operacionais rivais, como o Linux, acusa a ECIS.

As empresas também afirmam que o formato de arquivo da plataforma “open XML”, conhecido como OOXML, é projetado para funcionar sem problemas somente sob os programas Office da Microsoft.

“O resultado final será uma continua ausência de qualquer escolha para o consumidor, anos de espera para a Microsoft melhorar ou mesmo eliminar erros de seus produtos monopolistas e preços altos, claro”, disse Thomas Vinje, advogado da ECIS.

A Microsoft recorreu da decisão de 2004, que incluiu uma multa recorde de quase 500 milhões de euros (649,4 milhões de dólares) e ordens para a empresa mudar suas práticas comerciais. A companhia aguarda decisão do Tribunal de Primeira Instância da UE.

Com informações de UOL Tecnologia.