Eddy Cue, atual vice-presidente sênior de software e serviços de Internet da Apple, afirmou que teve de convencer Jobs a lançar iBooks, e ele só tinha alguns meses para fazer isso, antes do anúncio do iPad.
Atualmente a Apple está sendo investigada por sua livraria digital, mas parace que seu falecido CEO, Steve Jobs, inicialmente não queria nem entrar no mercado: Cue, que foi chamado para testemunho nessa quinta-feira (14) no tribunal de Manhattan, NY, disse que queria uma livraria online para os dispositivos da Apple, mas Jobs acreditava que produtos como o iPhone e Mac não eram ideais para leitura.
Durante o interrogatório feito pelo advogado de defesa da Apple, Cue falou sobre sua experiência com o iPad: “o que aconteceu foi que, quando eu tive minha primeira chance de tocar e brincar com o iPad, fiquei convencido de que esta era uma grande oportunidade para construir o melhor e-reader que o mercado já viu,” disse o executivo.
Cue disse então que enviou um e-mail para Jobs destacando os benefícios de e-books no iPad e, em seguida, se reuniu com ele para falar sobre isso: “ele voltou e disse que era ótimo”, disse Cue. Steve então, em novembro de 2009, permitiu que Cue prosseguisse com sua ideia, deixando apenas dois meses para a Apple fazer acordos de conteúdo antes do anúncio do iPad.
O testemunho de Cue marca um ponto crucial no julgamento: o departamento de Justiça norte-americano está tentando provar que os contratos da Apple com editores aumentou exageradamente os preços de e-book. A gigante, por sua vez, afirma que não fez nada de errado.
Eddy Cue é o executivo da Apple de mais alta patente a depor durante o julgamento. O Departamento de Justiça tem retratado Cue como o “líder da conspiração” para controlar os preços de e-books e prejudicar rivais como a Amazon. O executivo depõe novamente na próxima segunda-feira e os argumentos finais do julgamento estão agendados para o final da próxima semana.
