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Taxistas fazem carreatas contra o Uber em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo

Taxistas de três capitais brasileiras e do Distrito Federal tiraram a quarta-feira para protestar contra o aplicativo de caronas Uber. “Esses aplicativos usados por carros particulares prejudicam o nosso trabalho”, desabafa delegado regional da Associação Brasileira de Cooperativas e Motoristas de Táxis (Abracom Taxi).

O aplicativo permite que motoristas donos de carros particulares se cadastrem no sistema, sejam aprovados mediante checagem de perfil e passem a oferecer caronas em determinados trajetos, mediante uma taxa combinada com o cliente. Para os taxistas, o que o Uber oferece na verdade não passa de uma forma de transporte irregular.

Em Brasília, o protesto reuniu cerca de 150 taxistas que chegaram a fechar uma das seis faixas do Eixo Monumental na parte da manhã. Em Curitiba, uma carreata com mais de 500 taxistas seguiu pelas ruas centrais da cidade até a rodoviária. No Rio de Janeiro, os profissionais ocuparam toda a extensão da rua Pinheiro Machado em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual. Em São Paulo, 400 motoristas de táxi fizeram uma carreata até a Câmara Municipal de São Paulo, onde foram recebidos pela Comissão de Trânsito e Transportes.

Em nota oficial, a Uber alega que “acredita que os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades”. E ressalta que “ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes, em mais de 300 cidades de 56 países”. Entretanto, para Edmilson Americano, presidente da  Abracom Taxi, “são carros particulares prestando serviço de táxi, o que a legislação não permite”.