Um tribunal de Ontário, no Canadá, se recusou a enviar cópias de dados de 32 servidores do Megaupload para autoridades dos Estados Unidos, indicando que uma ordem mais específica é necessária.
O professor de direito Michael Geist, da universidade de Ottawa, acredita que o envio não é justificável, já que não há provas ligando os servidores aos crimes alegados.
– Há um enorme volume de informações sobre os servidores e o envio de cópias de todos esses dados seria excessivamente amplo, especialmente à luz da escassez de provas ligando esses servidores para os crimes alegados pelos promotores americanos – afirmou o advogado.
O Megaupload foi fechado no ano passado, mas deve voltar à ativa sob o nome Mega, no próximo final de semana. O criador do serviço, Kim Dotcom, prometeu que o Mega vai ser lançado exatamente um ano após sua prisão – 20 de janeiro – e na mesma mansão onde ele foi preso.
O funcionamento do serviço é simples: quando o usuário fizer um upload, o arquivo será criptografado e o usuário vai receber uma senha para a decodificação do arquivo, permitindo que apenas ele possua acesso ao conteúdo. A medida deixa a cargo do usuário a decisão de compartilhar ou não o conteúdo subido para o serviço, isentando o Mega de qualquer responsabilidade sobre o conteúdo hospedado na página.
Em janeiro de 2012, Kim Dotcom foi detido como parte de uma operação internacional contra a pirataria, que acabou forçando o encerramento das atividades do Megaupload e de outros serviços similares. Ele deve virar personagem de um documentário, e está prestes a lançar seu primeiro álbum de música.