Como sabemos, o Twitter, assim como outros serviços e redes sociais, é bloqueado na China. Entretanto, segundo uma fonte da própria empresa, a qual teria conversado com o site TechCrunch com a condição de permanecer anônima, existem cerca de 10 milhões de usuários na terra de Mao Tsé-Tung.
Tais usuários acessariam o Twitter através de VPNs, o que os permitiria, portanto, utilizar endereços IP de outros países, como por exemplo Singapura, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, etc.
Apesar da aparente grandiosidade do número, entretanto, e principalmente se levarmos em consideração o tamanho da China e da força da tecnologia no país, que também fabrica componentes e hardware de/para marcas famosas, como a Apple, por exemplo, o número ainda é pequeno.
O Twitter afirma possuir cerca de 310 milhões de usuários ativos no mundo todo, sendo que cerca de 65 milhões deles estão localizados nos Estados Unidos (os 245 milhões restantes dividem-se por diversos países do mundo).
Na China, entretanto, serviços concorrentes e/ou similares oriundos do próprio país, como por exemplo WeChat e Weibo, ainda dominam o mercado no que diz respeito a redes sociais.
De qualquer forma, a notícia não deve ser desconsiderada. Pelo contrário, ela deve ser comemorada, até mesmo pelo que podemos depreender das palavras de Charlie Smith, fundador do grupo anti-censura Great Fire:
“Se existem 10 milhões de chineses no Twitter, esta é uma ótima notícia. O Twitter é um dos maiores bastiões da liberdade de expressão. Quando foi a última vez em que 10 milhões de chineses puderam dizer livremente o que sentem, em qualquer plataforma, sem medo de represálias?“