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Yahoo diz que Pequim parece estar bloqueando site de fotos

O Flickr.com, um dos mais populares sites de fotos da Internet, controlado pelo Yahoo, provavelmente está sendo bloqueado pelo governo chinês, informou a subsidiária do Yahoo em Hong Kong nesta semana.

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O Flickr, popular entre uma classe cada vez mais ampla de entusiastas das fotos digitais no segundo maior mercado mundial de Internet, não está exibindo fotos a usuários instalados na China continental desde a semana passada, em meio a rumores de que Pequim decidiu agir depois que imagens do massacre da praça Tiananmen, em 1989, foram postadas no serviço.

“Chegou ao nosso conhecimento que os usuários do Flickr na China não estão conseguindo ver imagens no site, e confirmamos que não se trata de uma questão técnica de nossa parte”, disse uma porta-voz do Yahoo Hong Kong em mensagem de e-mail na qual estava respondendo a um pedido de informações da Reuters.

“Ao que parece o governo chinês está restringindo o acesso ao Flickr, ainda que não tenhamos recebido confirmação, da parte deles”, informou a porta-voz no e-mail. “Estamos investigando a questão, no momento, e esperamos que o problema seja apenas temporário”, ela afirmou.

Funcionários do Ministério da Indústria da Informação chinês não foram localizados para comentar, na terça-feira.

O Partido Comunista proibiu referências ao massacre da praça Tiananmen, em 4 de junho de 1989, seja em veículos da imprensa oficial, sites ou livros, como parte de uma campanha de adulteração da História, o que significa que a maioria dos jovens chineses ignora o acontecido.

A discussão pública do massacre continua a ser tabu, na China, e o governo rejeitou apelos pela reversão do veredicto de que os protestos liderados por estudantes eram subversivos.

Centenas, e possivelmente milhares de pessoas foram mortas na repressão conduzida pelo exército contra o movimento democrático. Um jornal do sudoeste da China demitiu três editores devido a um anúncio que saudava as mães dos manifestantes mortos durante a repressão, fontes informaram à Reuters na semana passada.

Reuters

Com informações de Terra.