A demora de meses para o YouTube tentar consertar o problema conhecido como #ElsaGate está custando caro para a plataforma, na medida em que anunciantes importantes estão interrompendo suas campanhas para não serem ligados ao escândalo.
Depois da mudança de regras anunciada para combater os falsos conteúdos produzidos para o público infantil, a plataforma chegou a remover espontaneamente anúncios de 2 milhões de vídeos em mais de 50 mil canais.
Apesar disso, empresas como Adidas, Deutsche Bank, Cadbury, Mars e Hewlett-Packard mantém sua posição de aguardar uma solução mais definitiva para a crise. Os anunciantes descobriram que suas marcas foram expostas em vídeos inadequados distribuídos para crianças e não estão nada satisfeitos com a polêmica. Essa já é a segunda vez no ano que anunciantes promovem um boicote da plataforma por conta de conteúdo classificado como abusivo.
Além de conteúdo inapropriado fabricado para atingir crianças e pré-adolescentes, tem sido detectado há pelo menos um ano um crescimento no volume de comentários pedófilos direcionados a vídeos onde crianças são exibidas ou vídeos direcionados a crianças. Há indícios de que a prática é organizada e há tentativas de se manipular os resultados de busca para alavancar conteúdo relacionado a abusos. Apesar das denúncias, o YouTube também demorou para se posicionar contra o crime.
O Google admite que o problema é real e está se esforçando para resolvê-lo e declarou que “conteúdo que ameace crianças é aberrante e inaceitável para nós”.