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Juiz inocenta Call of Duty em processo aberto por ex-ditador

Manuel Noriega até que tentou, mas não conseguiu levar adiante seu processo contra o jogo Call of Duty: Black Ops. O juiz bateu o martelo em favor da produtora Activision Blizzard no polêmico caso.

Noriega é mais conhecido como o ex-ditador do Panamá, onde governou com mão de ferro entre 1983 e 1989, até ser deposto durante uma operação militar norte-americano. Noriega foi então julgado e condenado por tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro.

Parte de sua história foi retratada no jogo ficcional Call of Duty: Black Ops. Anos após seu lançamento, Manuel Noriega entrou com um processo contra a desenvolvedora Activision Blizzard pelo uso não-autorizado de sua imagem.

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Nesta segunda-feira, o juiz William H. Fahey, da Suprema Corte americana, determinou que o processo não tem validade e deu ganho de causa para a Activision Blizzard. A decisão estabelece um precedente para casos similares no futuro.

A Activision foi defendida no tribunal por Rudy Giuliani, que foi prefeito de Nova York durante os atentados do 11 de Setembro. Giuliani afirmou que “é uma importante vitória e nós agradecemos à corte por defender a liberdade de expressão”. E alfineta Noriega: “este foi um processo absurdo desde o começo e estamos gratos que no final um criminoso notório não venceu”.

Segundo Giuliani, “esta não é apenas uma vitória para os criadores de Call of Duty, mas uma vitória para os trabalhos artísticos ao longo de toda a indústria de entretenimento ao redor do mundo”. Em comunicado oficial, Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, agradece a ajuda: “eu gostaria de agradecer o Prefeito Giuliani, que dedicou sua vida à proteção de cidadãos contra terroristas como Manuel Noriega e hoje por defender a liberdade de expressão”.