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Motorista morto em acidente com Tesla ignorou sete avisos do sistema autônomo

Uma longa investigação conduzida pela National Highway Traffic Safety Administration que regula a segurança nas estradas norte-americanas concluiu que motorista morto em acidente com Tesla ignorou sete avisos do sistema autônomo.

O relatório de 538 páginas da NHTSA corrobora os resultados preliminares divulgados em Janeiro que não constataram nenhuma irregularidade mecânica ou eletrônica no veículo.

Os advogados da família de Joshua Brown, vítima fatal do acidente, também se mostraram satisfeitos com a publicação do relatório, que desmente um rumor insistente que apontava que o motorista estaria distraído assistindo um filme de Harry Potter no momento da colisão contra um reboque. Não foi encontrado qualquer indício que comprove essa afirmação ou mesmo um equipamento eletrônico em uso durante a batida.

Entretanto, a NHTSA aponta que Brown foi alertado sete vezes pelo sistema autônomo do veículo de que deveria manter as mãos sobre o volante, conforme a recomendação feita pela própria Tesla. Os veículos de sua fabricação não são capazes de reagir a situações que exijam decisões rápidas e impactantes e a função Autopilot foi desenvolvida para agir como auxiliar do motorista, mantendo a velocidade e o curso estável. Sinais visuais e sonoros são emitidos para chamar a atenção do motorista para as práticas seguras.

De acordo com o relatório, dos 41 minutos que durou a última viagem de Joshua Brown, ele manteve o sistema autônomo ativado por 37.5 minutos. Neste período, ele teria mantido as mãos sobre o volante por um tempo total de somente 30 segundos. Ele teve sete segundos para agir antes do impacto com o reboque de trator que cruzava a pista e provavelmente a distração foi a causa da colisão.