Se você acha que viver em Bahamas é um sonho para o futuro, talvez seja melhor rever seus conceitos. O país tropical tem praias belíssimas, clima de verão permanente, matas verdejantes, sim. Mas toda ligação telefônica feita no país de ou para um telefone celular é gravada e monitorada pela NSA.
Em março deste ano foi revelado que a agência de espionagem norte-americana estava conseguindo grampear todos os telefonemas de “pelo menos um país”, sem exceções ou amostragem. Novos documentos vazados revelaram que a operação gigantesca batizada de SOMALGET acontece em Bahamas. Mas um número maciço de ligações do México, Quênia e Filipinas também estariam sendo gravados pela agência, como parte do sistema Mystic.
De acordo com o material vazado, o objetivo da NSA é identificar “traficantes internacionais de narcóticos e contrabandistas”. Ao contrário de outras operações de espionagem denunciadas anteriormente, desta vez o combate ao terrorismo não foi utilizado como justificativa.
Todas as ligações telefônicas de Bahamas que envolvem um telefone celular estão sendo gravadas na íntegra e armazenadas por 30 dias nos servidores da NSA, sem a permissão ou o conhecimento do governo do país. O sistema de vigilância teria se aproveitado de um acordo com a agência americana de combate ao tráfico de drogas (DEA) para introduzir um backdoor na infraestrutura de telefonia móvel de Bahamas.
Segundo os documentos vazados, SOMALGET também segue grampeando todas as conversas de um segundo país, ainda não revelado, por “preocupações de que isto poderia acarretar um aumento na violência”.