Categorias

Senadores americanos querem explicações do Facebook sobre suposta manipulação de notícias

O Comitê do Comércio do Senado dos Estados Unidos não está nada satisfeito com as alegações de que o Facebook poderia estar manipulando as tendências de notícias da rede social.

Apesar da empresa ter negado veementemente os rumores divulgados na imprensa, o Facebook poderá ser forçado a comparecer a uma audiência perante o legislativo americano para dar mais explicações.

O Comitê regula diversas áreas do comércio no país, inclusive questões relacionadas aos meios de comunicação e proteção dos direitos do consumidor. O Senador republicano John Thune, que comanda a entidade, assinou uma carta para Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, questionando o envolvimento da empresa no controle do que pode ou não pode ser incluído entre os Trending Topics de notícias da rede social.

Para o Senador, “O Facebook precisa responder essas alegações graves e responsabilizar os responsáveis no caso de haver alguma inclinação política na disseminação de tendências de notícias. Qualquer tentativa de plataforma de mídia social neutra e inclusiva de censurar ou manipular a discussão política é um abuso da confiança e inconsistente com os valores de uma internet aberta”.

No momento, esse é o maior escândalo enfrentado pelo Facebook desde a descoberta de testes para induzir emoções em seus usuários ou a sabotagem de seu aplicativo para testar a fidelidade de seus participantes. Uma pesquisa realizada no final de Abril pelo jornal Huffington Post e a empresa de pesquisas YouGov constatou que 28% dos americanos “não confiam nada” no Facebook enquanto 34% responderam que “não confiam muito”. Dos entrevistados, apenas 3% afirmaram confiar “muito” na rede social e os outros 32% “confiam de certa forma”.

A respeito da possível manipulação da área de notícias, Tom Stocky, Vice-Presidente do Facebook para Buscas, esclareceu em um comunicado oficial que “não encontramos qualquer evidência de que as alegações anônimas são verdadeiras” e reiterou que “nós não inserimos histórias artificialmente nas tendências e não instruímos nossos revisores para fazer isso”.