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Tsu fecha as portas

Não deu: a Tsu anunciou no final da tarde da terça-feira que fechou as portas e encerrou suas atividades.

A rede social multinível, que chegou a aparecer em nossa lista de “promessas” para 2015, prometia dividir o faturamento com os usuários não conseguiu sustentar seu modelo de negócios e desmoronou.

No comunicado oficial, Sebastian Sobczak, um dos fundadores do Tsu e CEO da empresa, explica que ” nós tivemos que remover permanentemente o produto tsu do ar devido ao custo associado com sua manutenção e nossa incapacidade de completar a última rodada de financiamento”. Usuários devem agora salvar seu conteúdo produzido para a rede social até o dia 31 de Agosto, mas a opção de Download ainda não está disponível. Pagamentos superiores a US$100, o limite mínimo, serão efetuados nos próximos dias sob demanda.

O Tsu se tornou uma rede social controversa ao ser banida do Facebook. Enquanto seus participantes argumentavam que a ação foi uma resposta truculenta do Facebook contra a rede social emergente, o Facebook alega que a grande quantidade de postagens relacionadas ao Tsu caracterizavam spam e violavam os termos de uso.

Considerando que usuários do Tsu eram pagos de acordo com o número de visitações, logo surgiram acusações de práticas escusas para atrair visitações e furto de conteúdo. No sistema, teoricamente os próprios participantes seriam responsáveis pela remoção de spammers e deveriam lidar com questões de direitos autorais, auto-gerenciando o ecossistema da rede social.

Mas, o grande atrativo da rede social era a proposta de que 90% da renda seria distribuída entre os criadores de conteúdo e seus distribuidores. O sistema multinível premiava quem atraísse mais participantes e quem replicasse mais postagens, mas não decolou. O Tsu afirmou em 2015 que estava chegando aos 2 milhões de usuários ativos e encerra suas atividades com supostos 5,2 milhões de assinantes. Entretanto, dados levantados por empresas independentes apontam que o número de instalações do aplicativo nas plataformas móveis não passa de 1.5 milhão em todo o mundo.