Depois do Facebook, do Twitter e do próprio Google, agora é a vez do YouTube fazer a contabilidade da operação russa na plataforma no ano passado, com o propósito de afetar a opinião pública norte-americana.
De acordo com um levantamento interno que será apresentado para uma comissão do Senado dos Estados Unidos hoje, a campanha russa durante o período eleitoral teria contado com pelo menos 18 canais falsos e 1.108 vídeos publicados no YouTube.
O Google classificou a atividade russa na plataforma como “limitada”, conquistando no somatório dos vídeos somente 309 mil visualizações, um número extraordinariamente baixo para o volume de publicações. Entretanto, o Google afirma que irá tomar medidas duras “para prevenir toda a atividade, porque não existe uma quantidade de interferência que seja aceitável”.
Além dos vídeos, operadores ligados ao governo russo teriam gasto US$ $4.700 na plataforma como parte de sua campanha de desinformação. O Google apontou a Internet Research Agency como responsável pelos anúncios encomendados, uma entidade identificada pelos serviços de Inteligência dos Estados Unidos como um grupo de trolls profissionais com laços governamentais com Moscou.
O Google afirma que os canais descobertos por sua investigação assim como todos os vídeos associados foram removidos permanentemente do YouTube.