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Associação de jornais americanos condena navegador que possui bloqueador de anúncios embutido

A guerra dos bloqueadores está longe de terminar e a Newspaper Association of America (NAA), que representa os jornais e revistas dos Estados Unidos, entrou na luta contra o Brave.

O navegador desenvolvido por Brendan Eich, ex-CEO da Mozilla, promete uma nova abordagem para a questão da publicidade online: substituir anúncios considerados nocivos por sua própria rede em tempo real.

Segundo a NAA, o Brave é ilegal: “seu plano para utilizar nosso conteúdo para vender sua publicidade é indistinguível de um plano para roubar nosso conteúdo para publicar em seu próprio site”. A acusação faz parte de uma carta jurídica para a empresa Brave Software exigindo o cancelamento da funcionalidade ou medidas legais serão tomadas pela associação.

A carta critica duramente a estratégia proposta pelo navegador: “seu plano aparente de permitir que seus usuários façam ‘doações’ em Bitcoin para nós, e que vocês doem para nós uma porcentagem não especificada do seu faturamento com a venda de anúncios em nossos sites, não pode começar a nos compensar pela nossa perda de habilidade de financiar nosso trabalho ao exibir nossa própria publicidade. Nós expressamente nos recusamos a participar de qualquer forma no suposto modelo de negócios do Brave”.

A Brave Software rebateu as acusações em seu site oficial, alegando que a NAA está equivocada em suas conclusões. Segundo o comunicado da desenvolvedora, a proposta do navegador é dividir a renda publicitária de uma forma mais lucrativa para os produtores de conteúdo do que as redes de publicidade atuais e substituir somente os anúncios que possam ferir a privacidade do usuário, como aqueles que rastreiam sua navegação. A empresa ainda defende que é capaz de reverter a tendência de queda de faturamento dos sites de notícias dos últimos anos.